Mais do que um grande evangelizador, São José de Anchieta deixou um legado profundo na história do Brasil e da Igreja. Em entrevista à nossa reportagem, o historiador Fabrício de Noronha Lima, que atua no Museu do Santuário Nacional de São José de Anchieta, destacou o valor histórico e espiritual da cidade de Anchieta, no litoral do Espírito Santo, onde o santo viveu seus últimos anos e faleceu em 1597.

“Anchieta tinha um carinho especial por Reritiba, nome original da aldeia onde hoje está a cidade que leva seu nome. Aqui ele foi chamado de Pajé Açu, liderando milhares de indígenas com profundo respeito e amor”, conta Fabrício. O santuário, segundo ele, é um espaço de memória viva que conecta fé, cultura e história.

O museu anexo ao Santuário oferece uma experiência imersiva aos visitantes. “Temos cinco salas expositivas, com recursos interativos, peças arqueológicas e um holograma com inteligência artificial que retrata o próprio padre Anchieta. É uma experiência que emociona quem passa por aqui”, afirma.

Para o historiador, a santidade de Anchieta está justamente em sua simplicidade e entrega. “Como já disse nosso reitor, padre Álvaro, ele chega doente ao Brasil, mas realiza uma missão extraordinária. É um testemunho que inspira até hoje.”

O Santuário, reconhecido como ponto de peregrinação e patrimônio cultural, recebe grupos de estudantes, turistas e fiéis durante todo o ano. “Pedimos apenas que os grupos façam agendamento prévio, para que possamos acolher da melhor forma possível”, explica Fabrício.

Em junho, mês da morte do santo, acontece uma das maiores expressões de devoção popular do Espírito Santo: os Passos de Anchieta, peregrinação que atrai milhares de pessoas ao longo do caminho entre Vitória e Anchieta. “É um espetáculo de fé e gratidão. Um momento de encontro com a história e com a espiritualidade”, finaliza.

Mais informações sobre visitas e agendamentos podem ser encontradas nas redes sociais oficiais do Santuário Nacional de São José de Anchieta.