O mundo acompanhou com expectativa e emoção a eleição do novo Papa, Leão XIV, nascido Robert Francis Prevost, religioso agostiniano, norte-americano de nascimento, mas com alma latino-americana. Sua trajetória missionária no Peru e os últimos anos à frente do Dicastério para os Bispos, no Vaticano, revelam um perfil pastoral, espiritual e atento às realidades locais e globais da Igreja.
Para o padre Anderson Pedroso, SJ, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que esteve com o então cardeal Prevost nesta última Sexta-feira Santa, o novo Papa “é um homem discreto, de grande profundidade espiritual e com coração de pastor”.
Em entrevista à Rádio Amar e Servir, padre Anderson contou que viu um Papa emocionado e contemplativo em sua primeira aparição pública, mas também alguém capaz de se comunicar com leveza e abertura. “Quando falou em espanhol, mostrou habilidade. Pode nos surpreender”, afirmou o reitor.
Segundo ele, a experiência missionária no Peru marcou profundamente o novo pontífice: “Ele viveu momentos difíceis no país, inclusive sob regimes autoritários, mas sempre se colocou a serviço das pessoas. Amou e aprendeu com o povo”.
Sobre a escolha do Papa Francisco, padre Anderson destaca que “a categoria da experiência venceu”: Prevost foi superior geral dos agostinianos, bispo em Chiclayo, depois chamado por Francisco a Roma, onde ocupou um dos mais importantes cargos na Cúria. “Agora, temos um Papa com coração de pastor, profunda formação intelectual e enraizado na América Latina”, conclui.