Papa no Angelus: “A Igreja precisa de discípulos apaixonados, não de cristãos de ocasião”
Em sua reflexão dominical, Leão XIV convocou os fiéis à missão com coragem, autenticidade e vida de oração, recordando que todos são chamados a colaborar com o Reino de Deus
Por Redação Rádio Amar e Servir
Publicado em 06/07/2025 16:47
Papa
Foto: Vatican media

Na oração do Angelus deste domingo, 6 de julho, o Papa Leão XIV refletiu sobre o Evangelho de Lucas (10, 1-12.17-20), em que Jesus envia setenta e dois discípulos em missão. Para o Pontífice, esse número simbólico recorda que a Boa Nova é destinada a todos.

“É precisamente essa a grandeza do coração de Deus, a sua messe abundante, ou seja, a obra que Ele realiza no mundo para que todos os seus filhos sejam alcançados pelo seu amor e sejam salvos”, disse o Pontífice.

Mesmo diante de um mundo marcado por distrações e falsas promessas, o Papa destacou que as pessoas continuam buscando um sentido maior para suas vidas:

“Os homens e as mulheres de hoje esperam uma verdade maior, procuram um sentido mais pleno para as suas vidas, desejam a justiça, levam dentro de si um anseio de vida eterna”, enfatizou.

 

A Igreja precisa de testemunhas autênticas

Com palavras firmes, Leão XIV advertiu contra a vivência superficial da fé:

“A Igreja e o mundo não precisam de pessoas que cumprem os seus deveres religiosos mostrando a sua fé como um rótulo exterior; precisam, pelo contrário, de operários desejosos de trabalhar no campo da missão, de discípulos apaixonados que testemunhem o Reino de Deus onde quer que estejam.”

Segundo o Papa, muitos vivem uma fé pontual, ocasional, sem compromisso diário:

“Talvez não faltem os ‘cristãos de ocasião’, que de vez em quando dão lugar a algum sentimento religioso ou participam em algum evento; mas poucos são aqueles que estão prontos a trabalhar todos os dias no campo de Deus.”

 

 A força vem da oração

Para responder ao chamado missionário, o Papa sublinhou que não bastam estratégias ou teorias pastorais, mas uma profunda relação com Deus:

“Não são necessárias muitas ideias teóricas sobre conceitos pastorais: é preciso, acima de tudo, rezar ao Dono da messe. Com efeito, em primeiro lugar está a relação com o Senhor, cultivando o diálogo com Ele.”

É dessa intimidade com o Senhor, afirmou Leão XIV, que brota a força para o testemunho cristão no mundo.

Ao concluir a meditação, o Santo Padre confiou à proteção de Nossa Senhora o caminho de cada discípulo missionário:

“Pedimos à Virgem Maria que interceda por nós e nos acompanhe no caminho do seguimento do Senhor, para que também nós possamos tornar-nos operários alegres do Reino de Deus.”

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