Reduções Jesuítico-Guarani, alternativa ao sistema de dominação e colonização reinante
As Reduções buscaram ser alternativa ao sistema de dominação e colonização por parte das Coroas espanhola e portuguesas dos territórios latino-americanos, "buscando uma possibilidade de espaço para as componentes indígenas da sociedade e especialmente no caso da população da etnia Guarani", cuja adesão ao projeto dos jesuítas possibilitou aos indígenas uma margem de liberdade - possível dentro daquelas circunstâncias históricas - e também de instrução, de formação, explica a Prof. Marina Massimi
Por Redação Rádio Amar e Servir
Publicado em 16/10/2025 18:15
Jesuítas
Detalhe da Misión jesuítica de San Ignacio Miní (Foto: Prof. Marina Massini)

Em junho de 2025, o governo do Rio Grande do Sul lançou a contagem regressiva para as comemorações, em 2026, dos 400 anos das Missões Jesuítico-Guaranis, com objetivo de criar uma ampla mobilização cultural, turística e econômica, com investimentos e planejamento a longo prazo para valorizar este importante patrimônio.

De fato, em 1983, a UNESCO declarou como Patrimônio Mundial o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, as ruínas de San Ignacio Miní, Nossa Senhora de Santa Ana, Nossa Senhora de Loreto e Santa María Maior, localizadas em território argentino. Em 2015, São Miguel das Missões recebeu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o estatuto de Patrimônio Cultural Brasileiro pelas suas associações com a história e a espiritualidade guarani.

Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo (Foto: José Roberto de Oliveira)

No contexto das comemorações dos 400 anos desta “experiência”, considerada por muitos como a “realização de uma grande utopia”, conversamos com a professora Marina Massimi*, que no âmbito do Instituto de Estudos Avançados da USP, coordena um grupo de pesquisa chamado “Tempo, Memória e Pertencimento”, que se ocupa da preservação do patrimônio histórico e documental e monumental do Brasil e da América Latina. Hoje, propomos a primeira parte da entrevista, na qual a docente italiana, que vive no Brasil desde 1981, começa falando sobre “o que foram as Reduções Jesuítico-Guaranis”:

"Elas nasceram a partir de dois objetivos. Primeiro, era garantir a liberdade da população nativa, dos indígenas dentro do contexto do domínio colonial. O domínio colonial na América Latina era em parte da Coroa espanhola e em outra da Coroa portuguesa. As Reduções nasceram no âmbito de um território que pertencia à Coroa espanhola. E por que garantir a liberdade dos nativos dentro do domínio da colônia? Porque os nativos eram submetidos a um regime de trabalho semiescravo. No âmbito do Brasil se tratava de fato do trabalho escravo, propriamente dito. No âmbito do domínio espanhol se tratava de um sistema chamado de “encomienda” que de alguma forma era muito parecido ao regime da escravatura, porque o indígena tinha que trabalhar para o colono, que recebia um certo território e uma certa população por “encomienda”. Nesse sentido, a primeira coisa era garantir essa liberdade para permitir o desenvolvimento humano das populações. Isso era ligado também ao segundo objetivo das Reduções, que era a evangelização. Era possível evangelizar as pessoas, sujeitos livres portanto, que tivessem a possibilidade de se autodeterminar quanto às suas escolhas e tivessem os direitos humanos garantidos. Então, esses dois objetivos, a defesa da liberdade e da dignidade da pessoa e o objetivo da evangelização, levaram alguns jesuítas, em particular o jesuíta espanhol Diego de Torres Bollo, no início do século XVII, a encaminhar um projeto junto à Companhia, à direção geral da Companhia de Jesus, junto ao Padre Geral por um lado e à Coroa espanhola por outro, da constituição de agregações sociais, comunidades, em outras palavras, ou reduções – depois vou explicar porque esse nome -, onde fossem morar indígenas nativos e pudessem ter uma vida civil, uma vida social, uma vida de trabalho, de digamos uma vida humana nesse sentido, sob a supervisão de um pequeno grupo de dois ou três missionários da Companhia de Jesus. Nesse território, onde nasceriam essas cidades, a Coroa espanhola garantiria autonomia dessas comunidades, no sentido que nenhum colono poderia adentrar no território, ainda menos submeter à escravatura ou ao sistema da “encomenda” nenhum dos moradores dessas cidades."

Prof. Marina Massini acompanhada por colegas de pesquisa

 

Por que eram chamadas de "Reduções” e qual o significado dessa experiência? 

O termo Redução nasce do latim de uma expressão latina que quer dizer 'Reductio ad unum'. A ideia era que - utilizando parafraseando também as palavras de Antonio Ruiz de Montoya, que foi um dos primeiros jesuítas que também se envolveram com essa experiência -, reduzir populações espalhadas no território em pequenos grupos de três, quatro famílias que viviam na floresta, e migrantes, de um lugar para outro numa comunidade fixa num certo território, onde pudesse viver uma experiência de uma comunidade civil, uma sociedade, que incluía o direito ao trabalho livre e a educação e a formação religiosa e também a formação artística, cultural, e essas populações poderiam viver isso sob a supervisão de um grupo de dois ou três jesuítas no máximo, A ideia era que, portanto, precisava da adesão dessas populações indígenas à proposta. De fato, houve muita adesão, sobretudo de um grupo de uma etnia chamada guaranis. Muitos desses grupos, desses chefes das etnias guaranis, toparam na proposta que para ele significava de alguma forma garantir uma margem de liberdade num território totalmente colonizado pelos europeus e ao mesmo tempo ter a possibilidade e a opção então de serem evangelizados. Tratava-se de uma escolha, de fato, nem todos os guaranis, nem todos os nativos toparam essa proposta, teve grupos que se rebelaram, que até se rebelaram de forma violenta e até isso levou ao martírio de alguns dos jesuítas missionários, que tinham se adentrado na floresta para fazer essa proposta. Mas uma grande parte da população topou. Topou, porque isso era muito conveniente, significava a possibilidade de uma vida livre, mas também a possibilidade de aprender, a criar uma sociedade com sustento político e econômico e cultural para si e para as suas famílias e para os seus filhos. De forma que se criaram ao longo do tempo umas cerca de 30 cidades, podemos chamá-las assim, cada uma compreendia uma população de 1000 a 7000 nativos e em cada uma delas a supervisão, a presença de três ou dois jesuítas no máximo. Isso torna também muito evidente o fato que houve uma adesão, de fato, pela população dos nativos a essa proposta. Nessas cidades, então, ao longo de cerca de 150 anos, pode se desenvolver uma vida civil, uma vida social, uma vida econômica, uma vida cultural, havia direito também à formação. Todos os moradores das Reduções haviam direito à formação, então, todos os guaranis das Reduções sabiam ler e escrever e o território das Reduções era totalmente autônomo do domínio colonial. O rei da Espanha garantia, de fato, autonomia a essas agregações. Cada um dos índios reduzidos era considerado como vassalo direto do rei da Espanha, a quem era pago imposto de forma direta, sem passar, portanto, pelo encomendero. E essa experiência, então, deu origem também a uma vivacidade civil, econômica e cultural muito grande nessas cidades. Hoje nós temos dessas cidades remanescentes, ruínas remanescentes situadas na região entre Paraguai, Brasil e Argentina - era o território que então era totalmente parte do Império espanhol, da Colônia espanhola - e que mostram de qualquer forma a grandeza dessa experiência. Eram cidades que foram construídas também de forma muito bonita, com a vinda também de arquitetos jesuítas, engenheiros, pedreiros e com envolvimento também das populações guaranis. As ruínas atestam, portanto, a beleza, mas também a organização dessas cidades. Podemos ver que ela se formava em torno de uma grande praça. Nessa praça, o ponto central era a igreja, ao lado a casa dos padres, ao lado da Casa dos Padres o colégio, que mostra, portanto, o significado da educação, dado a educação pela proposta, um cemitério, depois as oficinas, onde eram desenvolvidos vários tipos de trabalho, desde o trabalho agrícola, ao trabalho artístico e a todo o trabalho finalizado à vida e à convivência. Havia também o Cotiguaçú, que era uma casa que hospedava as viúvas e a as moças solteiras, as mães solteiras propriamente e também cada Redução tinha uma estância, que era um território distante, uma espécie de fazenda, de grande fazenda, onde também era desenvolvida de forma ampla e o cultivo, a agricultura e a pecuária, portanto, agropecuária, e a produção dessas estâncias chegou a ser muito intensa, ao ponto que as Reduções chegaram também a exportar produtos como erva-mate, como algodão, e portanto, também, as Reduções conseguiram se tornar ricas, possibilitando o bem-estar de suas populações.

Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo (Foto: Luca Ruggieri)

 

Quais foram os principais desafios históricos enfrentados pelas Missões?

Inicialmente as Reduções foram construídas no território que ocupa atuais importantes partes da terra brasileira, como Santa Catarina, o próprio Rio Grande do Sul, Paraná. Mas devido às investidas das Bandeiras, esses empreendimentos tiveram que recuar através, inclusive, de migrações para a região do atual Paraguai, onde um governador na época da região, que era domínio espanhol na época, o Hernando Arias, aceitou a proposta do Diego de Torres Bollo e do Alfaro acerca de da constituição específica dessa região sob, digamos, a direta responsabilidade da Coroa espanhola. Então, o primeiro desafio que as Missões tiveram no território brasileiro foi justamente a recusa e o ataque das Bandeiras que buscavam nas populações indígenas mão de obra escrava. Isso, eu diria, foi o desafio do passado. Depois, como disse, quando na região brasileira se constituíram aquilo que serão os Sete Povos, às margens do Rio Uruguai - foram as últimas Reduções em termos cronológicos que foram construídas e que cresceram muito, se tornaram muito importantes, muito significativas -, essas regiões foram justamente o teatro das da guerra guaranítica, porque é justamente essa parte, dos 30 Povos que deveria ser trocada, em troca da Colônia do Sacramento. E foram essas comunidades indígenas de São Miguel, de São Luís, de São Lourenço, de São Luiz Gonzaga, de São João Batista, Santo Ângelo, que se recusaram a aceitar essa proposta que de fato era uma proposta totalmente ruim, para esses territórios. Então essa parte do Brasil, que corresponde hoje a uma área importante do Rio Grande do Sul, foi o teatro das Guerras Guaraníticas e do desfecho muito violento dessa história. A seguir também tiveram aí as guerras de fronteiras em que exércitos, de um lado ligados a Portugal e depois aquilo que vai ser o recém-constituído Estado do Brasil e por outro lado a Argentina, em busca também da constituição do Estado Nacional e também Paraguai e Uruguai, então esses territórios todos foram objeto de muita destruição na ocasião das guerras de fronteira que aconteceram no começo do século XIX. E aqui também as comunidades indígenas remanentes na região dos Sete Povos foram envolvidos, seja como mão de obra para o serviço militar e de qualquer forma também como mão de obra escrava. E tiveram de novo que fugir, e se espalhar em diversas direções, por exemplo, na direção do Uruguai, do Paraguai, etc. Então, foi também um outro desafio importante. Agora, o desafio, podemos dizer mais recente, foi aquele da preservação desse patrimônio dos Sete Povos também na parte do Brasil. Foram tombadas essas Reduções dos Sete Povos também pela UNESCO. Então, são um patrimônio monumental nacional, mas também mundial, mas os desafios são grandes. Por exemplo, as escavações arqueológicas no Brasil foram a partir do ano 2005 pararam. Teve um período rico nesse sentido em que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Católica do Paraná se envolveram, sobretudo algumas lideranças na área da arqueologia, como o professor Arno Kern e os seus alunos, desenvolveram de fato trabalhos excelentes de escavação arqueológica, de resgate, portanto, de material riquíssimo do ponto de vista das fontes materiais, mas depois esse trabalho quase que parou. Antes disso, ainda ao longo do século XX, sobretudo na primeira parte do século XX, devemos registrar o fato que muito material pertencente às ruínas das reduções foi pilhado, foi utilizado pelas populações que ocuparam depois esse território, populações de imigrantes, imigrantes alemães, imigrantes italianos e outras regiões, usaram esse material muitas vezes para construção de casas. Também foram derrubados, foram derrubados parte de monumentos, para realizarem estradas, e isso também foi um fato muito grave, por exemplo, o Colégio de São Luís Gonzaga, que foi totalmente destruído, para/em nome da construção de uma avenida. Então, teve todo esse problema, da dispersão do patrimônio monumental e depois também teve esse desafio das escavações. Ao mesmo tempo, é claro que teve muito trabalho, está tendo muito trabalho realizado por outro lado, por arqueólogos, sobretudo ligados ao IPHAN, um esforço muito grande de manter esse patrimônio. Tem um esforço importante de toda a população da região de São Miguel das Missões, buscando de qualquer forma a valorização desse patrimônio, o conhecimento desse patrimônio, a disponibilização dele, também do ponto de vista turístico, o que também é importante porque significa a valorização, mas também a possibilidade de um retorno também econômico que pode ajudar justamente na conservação e na preservação do patrimônio. Então, os desafios são grandes, desde o começo, desde a história passada até o presente, esse patrimônio constitui ainda hoje um desafio para o país, mas um desafio também que pode ser muito promissor, como de fato está sendo percebido, sobretudo pelas populações da região do Rio Grande do Sul envolvida, sobretudo na região dos atuais Sete Povos.

Ruinas de San Ignacio Miní

 

O que se poderia dizer a respeito da população guarani remanescente?

Um aspecto desse trabalho, desse desafio muito grande, muito sério é o papel, o espaço dado às comunidades indígenas. Infelizmente, a gente visitando esses monumentos, essas ruínas, a gente percebe o estado de pobreza, de empobrecimento dessas populações de remanescentes guaranis, sobretudo ao ramo dos guaranis que é a etnia dos guaranis Mbyá, que ocuparam e ocupam essa região dos Sete Povos e que moram nos arredores das ruínas, que para eles tem um significado inclusive simbólico muito grande, mas que vivem numa condição de grande pobreza e até de desnutrição. São artesões muito interessantes, muito originais, a gente vê que muitos deles vendem suas obras nos arredores, por exemplo, do Museu das Missões, em São Miguel das Missões. Mas se trata de um artesanato belíssimo e muito pouco, muito pouco valorizado no país. Acho que esse é um grande desafio, porque a preservação e a valorização da presença desses atores passam pela valorização e pela preservação de sua língua nativa, de seu idioma nativo, também de sua cultura, de sua maneira de viver, dos seus modos de viver, de suas tradições e também por condições dignas de vida, e portanto, também até de alimentação. Então, nesse sentido, o desafio é grande porque percebe-se uma grande pobreza. E, portanto, há um chamado muito sério ao país, até ao governo, seja estadual, mas também ao governo federal, para que de fato tenha uma atenção real a essas populações, uma atenção que passe para além dos chavões, das declarações, mas que sejam ações efetivas, para garantir a eles a dignidade e o espaço que lhe compete, que lhe é devido, diria.

O que torna as Missões um objeto tão relevante para o Brasil de hoje e a pesquisa nesse sentido?

E como disse na primeira resposta, tratou-se de uma experiência que buscou ser alternativa ao sistema de dominação e de colonização seja por parte da Império espanhol seja do Reino português dos territórios latino-americanos, buscando uma possibilidade de espaço para as componentes indígenas da sociedade e especialmente no caso da população, da etnia Guarani. Evidentemente a adesão dessas populações, a proposta feita pelos jesuítas, de viver a experiência de serem, digamos, “reduzidos”, no sentido de pertencerem a essas comunidades por eles planejadas, possibilitou para essas populações uma margem de liberdade - uma liberdade possível dentro daquelas circunstâncias históricas - e também de instrução, de formação. Como disse, todos os guaranis, todos os moradores das Reduções sabiam ler e escrever, o que era algo muito raro no mundo da época. Mas, o que aconteceu então, foi uma grande riqueza, que desabrochou dessa experiência, porque ao longo de cerca 150 anos ocorreu uma possibilidade de, podemos dizer, de unidade política, econômica, social e religiosa, que abarcava um território muito grande, como disse, uma parte da Argentina, parte do sul do Brasil e também Paraguai, do atual Paraguai, ocupados todas essas terras pelas populações guaranis, que seria, digamos, uma esperança, uma possibilidade grande de uma América Latina diferente, em que o protagonismo das comunidades nativas fosse de fato real dentro, repito, das circunstâncias históricas possíveis. É claro que nós temos que estar atentos a isso para não cairmos em anacronismos historiográficos. E, nesse sentido, seria assim uma outra cara da história latino-americana. E assim, portanto, é claro que isso é importante ser compreendido, ser estudado hoje, também para levarmos em conta as opções, as possibilidades que a própria história militar, política, etc, foi negando nesses territórios. Devemos nos dar conta que a criação dos Estados nacionais, de alguma forma, também teve como contrapartida a, podemos dizer quase a destruição de qualquer forma, a aniquilação, a submissão da população Guarani que ocorreu logo depois do desfecho violento da experiência reducional. E eu acho que se dar conta disso significa também uma ação de reparação da injustiça que foi realizada com essas populações e uma consciência, portanto, dos fatos históricos, da história também do século XIX, do século XX, mais ligada a essas circunstâncias. Muitas vezes fica mais fácil, ficou mais fácil para historiografia brasileira, por exemplo, negar, no sentido de se calar acerca dessa experiência histórica, ou pior ainda, responsabilizar as comunidades missionárias que deram origem a ela, mais do que fazer uma análise histórico-crítica do ocorrido. O fato é que antes da destruição da experiência das Reduções, o Brasil ocupava exatamente a metade do território atual que foi ganha, sim, lograda através do Tratado de Madrid e depois das guerras de fronteira. O fato é, que de qualquer forma ameaça constante às Reduções, eram os bandeirantes paulistas, bandeirantes que hoje dão um nome, cujos nomes estão muito presentes na consciência, na memória histórica brasileira, porque, por exemplo, temos rodovias, temos colégios, temos televisões, que tem o nome deles. Exemplo, Raposo Tavares, foi um dos mais violentos, digamos, capitães de Bandeira que levou muita destruição a essas experiências reducionais. Então, é fazer jus, reparar de alguma forma a tudo isso, e portanto, através da história, uma operação também de justiça, de memória e de reparação, assim como o Paul Ricoeur ensina nas suas obras. Por isso aí, muito importante é a pesquisa historiográfica, o conhecimento dos fatos, e que essa pesquisa seja de fato difundida também na sociedade, nas escolas, não apenas nos âmbitos acadêmicos. Então, nesse sentido, é uma história muito significativa do que do que é Latinoamérica, do que poderia ter sido também se a experiência não tivesse sido derrubada, destruída.

Imagem remanescente do período das Reduções

 

O impacto do reconhecimento pela Unesco desse rico patrimônio como patrimônio mundial...

Sem dúvida, foi muito importante, seja para o Brasil, seja para as outras regiões envolvidas e Paraguai e Argentina, E sem dúvida, o impacto foi importante como justamente documentado no histórico, que colocamos em um livrinho acerca das ações que foram realizadas para a preservação desse patrimônio, inclusive as escavações arqueológicas e além disso, a visibilidade em nível mundial, do patrimônio. Então, sem dúvida, foi importante essa data.

 

*Prof. Marina Massimi tem graduação em Psicologa pela Università degli Studi di Padova (1979), mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1989). É Professora titular aposentada da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professora Senior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo e lidera Grupo de Pesquisa "Tempo, Memória e Pertencimento" junto ao IEA. Tem experiência de pesquisa na área de Psicologia, com ênfase em História da Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: historia da psicologia científica e história dos saberes psicológicos na cultura brasileira, saberes psicológicos dos jesuítas. Foi presidente e vice-presidente da Sociedade Brasileira de História da Psicologia de 2013 a 2017. Membro da Academia Ambrosiana (Milão). Coeditora da Revista Memorandum: Memória e História em Psicologia.

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