Sares acompanha debates sobre educação indígena e defesa dos territórios durante a COP30
Obra integrante da Rede Jesuíta de Justiça Socioambiental (RSJA), participa, por meio de seu diretor, Sílvio Marques, SJ, do encontro que reúne diversas etnias para discutir educação escolar indígena, autonomia dos povos e desafios frente às ameaças aos territórios
Por Felipe Moura
Publicado em 15/11/2025 15:21 • Atualizado 15/11/2025 21:44
COP 30
FOTO: Felipe Moura

Em paralelo à COP30, Belém (PA) recebe até o dia 21 de novembro o VIII Encontro do Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI), que reúne lideranças de diversas etnias, educadores e representantes de movimentos indígenas de todo o país. O evento ocorre na Universidade do Estado do Pará (Uepa), no campus do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), e discute o tema “Por uma Pedagogia dos Territórios e dos Biomas – Educação para Manejo do Clima e Proteção do Planeta”.

O Sares, parte da Rede Jesuíta de Justiça Socioambiental (RSJA), marcou presença por meio do Sílvio Marques, SJ, que acompanha o encontro em solidariedade às lideranças indígenas.

“Entre as mesas que acompanho está a da resistência do Povo Mura à mineração em suas terras, no Amazonas. Nós, do SARES, da Rede Jesuíta de Justiça Socioambiental (RSJA) e da Rede de Solidariedade e Apostolado Indígena (RSAI), apoiamos essa causa e estamos juntos na defesa dos territórios. Por isso estamos aqui, ao lado de nossos companheiros e companheiras indígenas”, afirmou.

Entre as lideranças que compartilharam suas experiências esteve Felipe Gabriel Mura, tuxaua da comunidade Lago do Soares, que enfatizou a luta de seu povo diante das tentativas de avanço da mineração.

“Estamos trazendo a voz da Resistência Mura. As empresas prometem educação de qualidade, mas sabemos que isso não se concretiza. Queremos discutir que educação queremos para os territórios e reafirmar nossa educação tradicional. Estar na universidade é importante para nós, povos indígenas, especialmente para o Povo Mura, que segue lutando contra a mineração e a violação de direitos”, destacou.

Ao reunir diferentes povos, trajetórias e experiências, o FNEEI reforça a importância de fortalecer a educação indígena como instrumento de proteção territorial, valorização cultural e resistência diante das ameaças que avançam sobre a Amazônia.

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