O Papa Leão XIV rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro nesta segunda-feira, 8, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição.
“Hoje celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. Expressamos a nossa alegria porque o Pai do Céu a quis ‘inteiramente imune da mancha do pecado original’, cheia de inocência e santidade para poder confiar-lhe, para a nossa salvação, ‘o seu Filho unigênito […] amado como a si mesmo’”, explicou o Santo Padre logo no início de sua reflexão.
A liberdade de escolha
O Pontífice lembrou que Deus concedeu a Maria a graça extraordinária de um coração totalmente puro, em vista de um milagre ainda maior: a vinda ao mundo do Cristo Salvador. A Virgem recebeu a notícia com o espanto típico dos humildes, observou o Papa, e com fé respondeu o seu “sim”.
Leão XIV recordou o que dizia Santo Agostinho sobre como Maria acolheu aquele anúncio do anjo. Ela acreditou e, aquilo em que acreditou, nela se realizou. “O dom da plenitude da graça, na jovem de Nazaré, pôde dar fruto porque ela, na sua liberdade, o acolheu abraçando o projeto de Deus. O Senhor age sempre assim: faz-nos grandes dons, mas deixa-nos livres para os aceitar ou não.”
Assim, a festa da Imaculada Conceição é um convite para que também hoje os fiéis possam acreditar como Maria acreditou, dando o seu consentimento generoso à missão para a qual o Senhor os chama, explicou o Papa.
A graça do Batismo
Ele acrescentou ainda que o milagre que aconteceu a Maria na sua concepção renovou-se para os fiéis no Batismo. Lavados do pecado original, os fiéis se tornam filhos de Deus e o Batismo permite que Cristo viva neles e que eles vivamos unidos a Cristo, para colaborar na Igreja, cada um segundo a própria condição, para a transformação do mundo.
“Caríssimos, grande é o dom da Imaculada Conceição, mas também o é o dom do Batismo que recebemos! O “sim” da Mãe do Senhor é maravilhoso, mas o nosso também pode sê-lo, se renovado todos os dias com fidelidade, gratidão, humildade e perseverança, na oração e nas obras concretas de amor, desde os gestos mais extraordinários até aos compromissos e serviços mais quotidianos, para que Jesus seja conhecido, acolhido e amado em toda a parte e a sua salvação chegue a todos”, concluiu.